Há-de ser tempo de voltar, palavra! |
Vai longo o passeio, como se vê. Quando se acorda, no domingo, é tempo de emalar a trouxa, evocando o Sérgio Godinho. São as horas de despedida, como soe dizer-se. Passa-se, então, pelas freguesias portelenses: Santana, para nos ser mostrado um centro de dia, quentinho, as panelas já em vapores nos preparativos do almoço;
Oriola, com indústria de enchidos (a Fercarnes) que à prova merecem aprovação, de queijos (Valverde), tanto ou mais igualmente;
e S. Bartolomeu do Outeiro, um miradouro de estalo, de há muito admirado de longe cá pelo admirador, e nunca antes visitado.
Adeus, à mesa, no tal restaurante S. Pedro, com silarcas saídas da arca, pois as janeirinhas – as ditas, temporãs – ainda nem deram sinal de vida. Isto, mais uma rapsódia de sabores, com um debate informal sobre açordas, e o que com este nome se come pelas bandas de Portel. Por exemplo, um calducho nunca antes por mim provado, prato conseguido com bacalhau, o perfume especial do poejo, mais umas silarcas em sendo tempo delas.
Há-de ser tempo de voltar, palavra.
Fotos: Antunes Amor (direitos reservados) Clique sobre elas para ampliar |
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