26 abril, 2006

Entre alfarrobeiras e sobreiros...

Com cheiros de esteva e rosmaninho, com fontes e ribeiras sempre por perto, um Algarve outro...
O fim de semana não vai chegar para o descobrir.

Passeio de Jornalistas no Algarve 19, 20 e 21 de Maio

25 abril, 2006

Maio:
O Algarve outro...

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Corridinho - Moçoilas




entre o barrocal e a serra...

Alte - Benafim - Tôr - Querença - Salir - Paderne


Passeio de Jornalistas no Algarve 19, 20 e 21 de Maio

11 abril, 2006

S.O.S.






Eu plantei um semáforo
e pus o vaso na janela
Para avisar os pardais
quando estou em casa



Logo que chego
lanço um S.O.S.
um alerta geral
convidando-os
a que venham
a que entrem
e se sentem à minha mesa


Costumamos passar
a tarde juntos
Às vezes
os cães vadios
vêm ter connosco
e é dia de festa!

08 abril, 2006

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (13)

A despedida do Rochedo misterioso da varanda da Estalagem

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O Passeio terminou com um almoço de despedida na Estalagem Santa Catarina – as iguarias saborosas e originais, sobretudo o famoso butelo (butielho) acompanhado de vagens de feijões, mas o serviço um pouco atabalhoado. Se calhar o pessoal era pouco...

A paisagem é linda e dali se avista o célebre rochedo do Rio Douro, cheio de líquenes amarelos, sinais de ausência de poluição. Dele falou o escritor José Saramago.


Clique na fotografiapara aceder a um efeito de visualização de 360º.
E... imaginar a paisagem que pode desfrutar da varanda da Estalagem...

Dizem os ditos populares que, quem não descobrir nessa pedra gigante, o número 2, ou não casa ou, se é casado, esconde/descobre alguma infidelidade - mitos para alimentar as imaginações…!!!

Ficámos a saber que Miranda do Douro, está a programar um parque ecológico com muitas espécies animais… que precisa de vias de comunicação mais céleres e funcionais que a aproximem de Lisboa e Porto (é mais fácil chegar a Zamora do que a Bragança, e Madrid fica quase a metade da distância de Lisboa), precisa que os jornais do dia cheguem... Senão, as populações vão desalentando e qualquer dia põem uma cerca… e viram-se para Espanha que é logo ao lado...

É pena, ficamos cada vez mais despaísados.

Ao Presidente da Câmara, ao seu chefe de Gabinete, ao Presidente da região de Turismo, aos vereadores António Carção e Américo Tomé, e demais responsáveis do município, bem como a todas as outras pessoas que tornaram este Passeio possível o meu obrigada pela forma genuína e gentil como sempre se dispuseram para que ficássemos melhor informados.

07 abril, 2006

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (12)

O Douro Internacional –
a beleza das espécies entre arribas de 200 metros onde o habitat exige silêncio e... mais atenção de Portugal!

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Foi agradável e de rara beleza o passeio de barco pelo Rio Douro – um acordo transfronteiriço faz com que seja uma empresa espanhola a explorar este circuito. Certamente que gostaria que houvesse maior intervenção portuguesa – as únicas coisas nossas referidas pelo guia espanhol que falava castelhano, português e mirandês, foram o bacalhau, a posta mirandesa, as compras em Miranda do Douro…mas as águias reais, os griffos, as lontras… parece terem-se fixado para lá da fronteira das águas portuguesas...


Enfim estamos neste pedaço da Europa que no final nos brindou com o espectáculo de um voo, treinado por um antigo militar, de um bufo real... uma ave carnívora que só vive de noite... não será uma aberração ecológica?

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06 abril, 2006

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (11)

Sabia como se faz um tonel para o vinho?
Uma mulher nos explicou...

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Um abraço a Felismina Gonçalves, a irmã de um grupo de irmãos que desenvolve a fábrica de tanoaria e que pacientemente nos explicou como se fazem as barricas e pipas para armazenar o vinho.

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05 abril, 2006

Tirámos o burro d'A Sombra

Pronto... está bem...
já sei...
o burro foi roubado...
Mas... foi um roubo de agradecimento...!!!
Não percebem???
Eu explico: roubámos o burro ao Rui Semblano para agradecer a divulgação que ele faz n'A Sombra ao nosso Café Portugal.

Diz ele:
O esboço ao lado é de um dos meus cadernos e data de Agosto de 2005.
Apropriadamente, foi feito num café de Portugal, à vista do cartaz da AEPGA "Burros há muitos, mas estes estão em extinção (ver aqui).

Nós agradecemos a "preservação" daquele burro... agora recuperado (e como novo) no alerta para a nossa referência aos lanudos de Miranda do Douro.

04 abril, 2006

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (10)

Vozes de burro
também chegam ao céu -

Os Lanudos – uma outra raridade...

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Um segredo que nos foi desvendado - em Atenor - pela Filipa, uma jovem da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) que esperou algumas horas pelos jornalistas - nessa altura já o Programa da visita já se fazia com bastantes atrasos...

Os burros, uma espécie em extinção, que afinal nada têm de estúpido e que podem funcionar como excelente atractivo turístico: com os seus coloridos alforges (também típicos na zona) a fazer a delicia de turistas em pequenos passeios.
Lá estavam (lá estão) mais de duas dezenas de lanudos... Lá escutamos apelos para que a comunidade e as autoridades não os deixem desaparecer.

É preciso saber
onde há subsídios parados para que tal não aconteça…

03 abril, 2006

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (9)

Mário Correia -
e o Centro de Música Tradicional, um trabalho de pesquisa e de amor, a não perder de vista...

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Veio do Porto. Deixou a Economia, fixou-se em Miranda e fez obra. E um dos responsáveis pelo Festival Intercéltico de Sendim que já vai sétima edição.


No Centro de Música Tradicional Sons da Terra - uma vasta espólio de recolha musical e etnográfica – tudo organizado e catalogado.
Todos lá podem “beber” e “enriquecer-se” com o mesmo respeito e amor pela música, honrando o seu autor.


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Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (8)

As aldeias desertas -
“pica-portas” precisam de ficar na História

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Os pica-portas ou aldrabas em portas de habitações de pedra, na maioria rurais, há muito abandonadas e paradas no tempo que as vai degradando, são peças únicas que merecem ser recuperadas.
São pegas de porta, geralmente assentes numa chapa que é trabalhada sob a forma de vários desenhos de igrejas, torres, sinos, cruzes, etc.

Dizem-me que ainda há pelo menos dois artesãos que as sabem fazer. Então, porque não um concurso destas pequenas peças de arte?


02 abril, 2006

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (7)

A intrigante Gabriela de Sendim e o seu restaurante onde a posta mirandesa é rainha e os licores finais dão um toque de amizade...
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Um almoço de excelência foi-nos servido no restaurante Gabriela, o nome de uma mulher intrigante que usava barbas cuidadas (é visível numa foto central). Diz-me quem ainda a conheceu - pois as suas duas filhas são as continuadoras – que D. Gabriela era mulher rija e gostava de um palavreado vernáculo. Com ela não havia homem que metesse medo.
A posta mirandesa - também uma fatia de carne de vitela, suculente, alta e tenra , grelhada lentamente - foi acompanhada com batatas e a tal salada de merujes (uma descoberta peculiar a não abandonar).
Destaco os vários doces e licores caseiros de nogueira, figo, cereja, abóbora… raridades!

01 abril, 2006

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (6)

Ernesto Vaz, arqueólogo, conhece os segredos da terra e vai publicar em breve o ”Guia de Castros e Berrões”(do lado português e espanhol).
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Foi incansável - deixou a sua actividade bancária para estudar arqueologia, uma apetência que lhe vinha de criança – na explicação, vivida, de todos os pormenores da cidade num belo passeio pelo Centro Histórico de Miranda do Douro e ainda ás aldeias de Picote, Fonte da Aldeia, Palaçoulo (até um arqueiro pré-histórico foi descobrir numa pedra, de uma forma que só os mais atentos vêem).
O seu zelo foi notável, fornecendo-nos antecipadamente e em cada momento, uma nota escrita alusiva ao pormenor que se propunha explicar.

Levou-nos ao Museu da Terra de Miranda – uma raridade, onde se podem ver artefactos e memórias de uma vivência de séculos, cuidadosamente organizado pelo Dr António Rodrigues Mourinho.

Que não poupou a nossa ignorância em relação à “capa das honras”, um capote que integra a indumentária mirandeza etnográfica e que actualmente também o Presidente da Câmara usa para receber pessoas importantes. É um sinal de deferência para com o visitante. Com António Maria Mourinho visitámos a catedral e admirámos o seu retábulo, único no mundo.


E com Ernesto Vaz... até ficamos a saber o que eram “cachorros”, (suportes em pedra, para colocar flores lateralmente às janelas) esculpidos.

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (5)

O Povo é quem mais ordena e aí fala Marcolino Fernandes – “Uma figura”
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De forma humorística, mesmo brejeira, vai-nos contando em mirandês histórias da região, que reflectem a natureza e vivência das gentes locais. Interessante, não precisa exagerar.
Professor primário, um homem de 65 anos que conhece bem as agruras do campo, foi um dos elementos que contribuiu para a recolha e compreensão do mirandês, oficializado – que hoje é ensinado nas escolas como língua opcional, sendo já objecto de mestrados.
Marcolino é uma contador de histórias, também um artesão de cestaria e um belo dançarino.



Marcolino Fernandes,
fazendo cestos ou...

contando histórias aos
meninos de Miranda...



Com ele ficamos a saber que “llonas” são histórias, que “cachico” é bocadinho, “lhéngua” é língua, etc.
Deixou-nos as boas vindas num poema em mirandês que tão bem soube enquadrar os diferentes órgãos de comunicação social.

Petição na Net pela Manutenção do
Polo Universitário de Miranda do Douro

Circula na net em busca de assinaturas de apoio. Diz que chegou a hora de unir esforços e juntar vozes de protesto e revolta para evitar que o Polo Universitário de Miranda seja encerrado.

Contra a ameaça de perder o mais importante pólo dinamizador de cultura e conhecimento que temos nas nossas Terras, a Petição está à sua espera aqui.
Um protesto assumido no Blog O Encanto da GaitaDura e de que já se fizeram eco diversos orgãos da comunicação social:

Várias vozes já se fizeram ouvir com um sentimento comum: O Polo não pode fechar... a síntese é do Agarra-me estes palos. Ou, como se escreve no anthropos (o blog do curso de Antropologia Aplicada ao Desenvolvimento da UTAD, Pólo de Miranda do Douro):

POR FAVOR!!! NÃO NOS DEIXEM PIOR DO QUE JÁ ESTAMOS!!!

Retratos do PASSEIO DE JORNALISTAS
a Miranda do Douro (4)


Gaitas e gaiteiros, uma originalidade que merece ser “obrigatória” em todos os eventos e um ritual nos espaços de lazer.

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O jantar na “Balbina” foi acompanhado por um trio, comandado pelo Paulo Meirinhos dos Galandum Galundaina, gaista de foles, tambôr e caixa de guerra. Uma manifestação singular de música tradicional que nos refresca os sentidos já saturados de tantas músicas “pimbas” e sem conteúdo. Espantosa aquela sonoridade que se impunha também na discoteca local – uma particularidade agradável - e mais tarde numa actuação expectacular durante o nosso jantar no restaurante “Jordão”. Aí aconteceu mesmo o convívio entre o grupo dos jornalistas e um grupo de estudantes que celebrava um aniversário... e o ambiente chegou ao rubro, noite fora.

Defendo que os restaurantes e outros espaços de animação deviam gradualmente introduzir a música local, convidando os músicos locais, porque os turistas pretendem conhecer aquilo que é diferente e não aquilo que também já têm... e que (infelizmente) é a massificação.


Os pauliteiros, jovens e lindos – um esforço das comunidades locais e da própria câmara, está a fazer surgir novos grupos – estiveram connosco na Praça Central de Miranda e depois frente à Catedral. São de facto uma afirmação de diferença etnográfica de grande beleza.