30 maio, 2009

Troca-troca da véspera... prato de sustância ao almoço!

E o ar de contentamento (quase felicidade) com que nos servem um crime fresquinho, à hora de almoço?

A notícia vinha da madrugada. Mas, para ser convenientemente degustada, precisava de umas imagens no local e de umas testemunhas oculares (desta vez, pelo menos uma ou duas ate tinham óculos!).

Passemos à Sorte Grande das televisões naquele princípio de tarde. A SIC abriu com isso, as outras não reparei. Uma história curta e de fácil entendimento:

Uma cáfila de amantes do Jogo da Bolha reuniu-se em conclave para umas compras e vendas. À socapa – como resulta da ilegalidade de um negócio que dá para limpar tudo o que seja dinheiro sujo (da droga à prostituição, das armas até aos, ainda, mais desprezíveis tráficos).

Gente fina, uns 700 mânfios, se calhar… alguns acima de toda a suspeita.

Estavam eles no troca-troca, entram mais 3 do mesmo jaez, dizem que são polícias e “está tudo preso!”.

Nestes casos, a consciência pesada até dá asas às pernas. Cada um pira-se como pode, os polícias de brincar sacam mais de um milhão de euros e desaparecem sem esperar que cheguem os polícias a sério.

O interessante deste caso… é que não há caso: nenhum dos cidadãos aliviados dos seus euros vai apresentar queixa (se calhar ainda teria de explicar de onde veio o dinheiro que voou).

Longe de aplicar a máxima ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão, a SIC lá encontrou matéria para abrir o noticiário das 13h00...!

O país segue dentro de momentos.

25 maio, 2009

Mãos de barro no Corval...

Saído da terra,
contém todas as formas
que hão-de revelar-se
com o “sopro da vida”
de mãos e de dedos.

É o barro!
Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Patalim pode ser nome de olaria... mas é, sobretudo, designação de extirpe de oleiros, qualificativo de mãos e artes.

Quando os dedos percorrem o barro e lhe dão forma e sentido...

Aqui, é Alentejo.
Aldeia oleira do Corval,
com Monsaraz à vista e
o Grande Lago por perto.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

E o barro se faz prato, travessa, bilha, galheteiro...
E o barro se faz objecto utilitário ou peça decorativa.
Ainda na esperança das cores e do abraso do forno...


Passado o afago dos dedos, inventadas as formas... é aqui que o barro se veste de cores: E mãos de mulher...
pincelam-no de vida.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

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Traço a traço, cor a cor, forma a forma... é o mergulho nas memórias que dos árabes vieram à mistura com geometrias e jogos.

Como se fora um bordado ou uma renda...


Ou quase só... umas flores. Ramo de mão cheia, viçoso e acabado de trazer do campo, ao centro. E corolas outras, esvoaçando em volta.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Tudo em tons quentes de Alentejo.


E a ingenuidade deste fundo prato?


Nas calmas do Verão, há-de valer o barro.
Para a água, para o vinho, que irá refrescar gargantas e acalmar securas.
De todos os tamanhos e ambições...

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Junto à boca do antigo forno (que técnicas mais recentes converteram em elemento decorativo) alinham-se peças à espera de quem por elas se apaixone e... as queira levar consigo.


Porque é isso a vida do barro e...
do oleiro.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval


Sorte diferente das rejeitados, recusados ou com defeito.
Sacrificadas na procura da perfeição, feitas desperdício, no canto que as levará ao lixo.

Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS nas terras do Grande Lago - Corval

Rui Santos, 31 anos de idade, oleiro desde os 14…
mas com toda uma infância a brincar o barro na oficina fundada pelo avô.

É o mais jovem oleiro
do Corval.


Palavras de Filomena Afonso
para umas belíssimas imagens de Zé Mendes

Passeio de Jornalistas nas margens do Grande Lago

15 maio, 2009

Jornalistas à descoberta de Trancoso

No rasto de uma profecia de Bandarra, na esteira de antigos vestígios Judaicos, uma vila medieval, uma paisagem de sonho e... uma cozinha de estalo!


Desta vez o Passeio de Jornalistas desafia para uma incursão a Trancoso.

Não fazemos profecias (não temos os dons do mestre Sapateiro Bandarra, natural daquelas terras) mas prometemos um fim de semana de magníficas paisagens, com um riquíssimo património histórico e uma sedutora moldura gastronómica.

15/16/17 - Maio - 2009

PASSEIO DE JORNALISTAS em Trancoso