25 fevereiro, 2006

O Palhaço...




Circus - Music by Elias Davidsson

O palhaço está
no meio da pista
O palhaço está
no meio das luzes
O palhaço está
no meio das palmas
O palhaço está
no meio da vida

No meio de si
O palhaço está
no meio
na máscara
no fato
nos guizos
nos risos das crianças

Não sobe trapézios
não doma leões
Ri
bem no meio da máscara
no meio das palmas

Mas dentro do meio
do meio de si
Há palhaço e meio
que finge que ri

Que finge não ser
o homem que é
Angústia a crescer
no riso em maré

No riso escarvado
por dentro do peito
No riso queimado
No riso desfeito

Obras reproduzidas, autores e páginas onde foram localizadas: * Circo Bonito - Fulvio PENNACCHI * Clown - Arte Infantil * El Cirq - Henry MATISSE * Circus Clown - Ray PARSONS' * Palhaço augusto - João do CARMO *

4 comentários:

teresa disse...

belo e doce este poema...como a doçura e beleza de quem mesmo chorando ajuda os outros a rir.
Abraços
teresa

Nilson Barcelli disse...

Gostei do vosso blogue na pequena deambulação que fiz.
Parabéns.

Vi também que têm o meu link e fiquei agradavelmente surpreendido. Retribuirei logo que possa.

Abraço para todos.

Alex disse...

Isso mesmo! Quem não tem saudades do circo?
Quem não guarda, lá dentro, no mais profundo da alma, uma saudade menina da primeira alegria no circo?
Quem não se lembra do primeiro velho palhaço, roupas coloridas, frouxas, a cair a toda a hora?
Quem não se recorda do palhaço mais novo fazendo pirraças,equilibrando, piruetando em volta de si mesmo, triste e alegre ao mesmo tempo?
Quem não se lembra?
Todos nós temos um universo de lembranças de um novo ou de um velho circo,
dependendo de onde se nasceu de onde viveu os primeiros anos de vida,
cidades pequenas ou a cidade grande.
Dentro de nós ficaram lembranças… e haverá sempre um circo, de leões já velhos e elefantes… de equilibristas… da visão de brilho, de rico luxo, de madrepérolas e lamê.
Dos mágicos importantes a criar mil fantasias de coelhos e bandeiras,
Como eram lindos os voos em trapézios!
Era um sonho, um sonho acordado!
Sempre guardaremos as boas recordações a saudade do primeiro encontro com o circo,
nunca desfeita de nossa memória e no nosso coração.
Nada há mais delicioso que o primeiro espectáculo de circo
Nada mais!...

Oceanus Terrae disse...

Teresa, o riso e o choro podem não estar muto distantes...

Nilson, meu caro... você já tem passado por cá (o que muito agradeemos), o seu blog tem o nosso link (o que ainda agradecemos mais), com um conteúdo riquíssimo (de que muito gostamos) e um belíssimo aspecto visual (que muito invejamos!!!).

Alex, mal de nós se matamos (deixamos morrer)a criança que fomos. Mesmo quando choramos e rimos das próprias lágrimas...