A bordo do rio de ouro | |
Ao longe ouvia-se conversa alegre e o tilintar de copos. A atenção girou para o interior do barco onde as confrarias da fogaça da feira e rabelo animavam os visitantes. Promover o vinho do Porto, os bolos tradicionais e adoçar a boca dos que estavam a bordo era a missão dos três confrades que pelo Vila Nova do Côa espalharam conversa e boa disposição. Neste ambiente de festa, a embarcação estacionou na eclusa da barragem da Valeira. O rio tem aqui uma descida acentuada, e o Homem criou este mecanismo de retenção, onde os barcos param a marcha e aguardam a descida do nível da água, até encontrar leito do rio. | |
Momentos antes da viagem terminar, uma ligeira paragem, no lugar de Cachão. Aqui uma enorme inscrição na encosta, assinala a morte no barão de Forrester, autor do primeiro mapa conhecido do Douro, |
aquando da travessia do rio acompanhado por D. Antónia, uma das mais conhecidas comerciantes de vinho do Porto. O Sol já tocava o cimo das montanhas do Alto Douro Vinhateiro, e num pequeno cais, entre as vinhas, o Vila Nova do Côa, encostou e deu por terminada a viagem pelo rio que dá vida ao ouro da região, o vinho. | |
Fotos: Jorge Andrade |
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