País maravilha

Entramos pela porta escancarada de um país-maravilha.
A Sul de nenhum Norte...

		Por ali podemo-nos banhar em 24 praias fluviais...
		Há casas de xisto catitas…
		Até lá está uma carta gastronómica, herdeira das iguarias da região/país…
		Ali há uma forte comunhão de interesses entre público e privado…
		Para umas lojinhas de artesanias cuidou-se de recuperar mobiliário de traça antiga, ao jeito das mercearias de antanho…
		Numa mina que os gentios abandonaram, toca de se recuperar e dar nova vida ao poiso…
		E vimos o museu de um poeta maior…
		E estivemos no bojo de um palácio arrancado à ruína…
		E cheirámos e bebemos os arremedos dos vinhos sacados a pulso aos solos xistosos…
		Afinal de contas este país é real – Da Serra da Gardunha à Cova da Beira… Dentro de um outro país pejado de faz de conta… E não se lhes pode perdoar – aos arrivistas, aos emergentes, aos políticos sacripantas, ao largo de mais de 30 anos de regabofe… Quem fala das carochinhas deste país? Como estas da Gardunha… É isso – não dá votos; e a maioria da imprensa está entretida com outros afazeres…

Fotos: Antunes Amor
Diário de Bordo do PASSEIO DE JORNALISTAS NO FUNDÃO