Um pedaço de riqueza de um Portugal “despaísado”
Naturalmente que a palavra parece estranha, mas foi exactamente assim que, ao contar a um amigo a desertificação humana que presenciei em Miranda do Douro - um pedaço cheio de riqueza e originalidades que potenciam grande interesse turístico - ele me respondeu: “Portugal está despaísado. Somos obrigados a sair dos nossos locais de origem e procurar outras terras para procurar trabalho, para estudar, para ter os bebés…vamos para Espanha, vamos para outros países. Não somos de nenhum país…”.
Naturalmente que a palavra parece estranha, mas foi exactamente assim que, ao contar a um amigo a desertificação humana que presenciei em Miranda do Douro - um pedaço cheio de riqueza e originalidades que potenciam grande interesse turístico - ele me respondeu: “Portugal está despaísado. Somos obrigados a sair dos nossos locais de origem e procurar outras terras para procurar trabalho, para estudar, para ter os bebés…vamos para Espanha, vamos para outros países. Não somos de nenhum país…”.
Toda aquela zona necessita de ser repovoada – o Presidente da Câmara, Rodrigo Martins, um engenheiro reeleito, robusto e sólido nas suas opiniões, admitiu estar aberto a estrangeiros - fiquei triste, em verificar aldeias desertas, cheias de história, cheias de trabalho humano. Eu que conheci a região de Trás-os-Montes antes de entrarmos para a União Europeia quando a zona era quase inacessível e depois acompanhei a sua evolução, sou agora confrontada com uma região maravilhosa, mas as pessoas são cada vez menos e o poder político parece só olhar para o centro litoral.
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