De pernas cansadas e coração aberto, com turistas em safari e doces de alfarroba... | IR PARA O PRINCÍPIO |
Como mandam as regras, Alte foi percorrida a pé. com vagar para antigos gestos e práticas (Museu do Esparto), para o artesanato ou a pintura em azulejo. Com atenção para as tentativas de criação de estruturas capazes de atrair visitantes, como os anfiteatros para espectáculos e concertos (na Fonte Grande e na Fonte Pequena) que revelam o esforço dos autarcas. Mas o passeio, pelos declives acentuados, não foi fácil... não senhor.
Sempre interessantes as chaminés, a suscitarem o curioso entretenimento de encontrar diferenças e semelhanças entre elas. Não há duas iguais...
No centro, masquei, uma alfarroba - “um fruto para burros e cavalos e eu ainda não tenho quatro patas", dizia-me o Rui Dias José, o organizador deste “Passeio” no seu tom brincalhão - mas que tanto me deu prazer, talvez porque sou filha de agricultor e não me sai este carimbo de infância: quando o meu pai comprava ração de alfarroba para os animais. ”Olhe que isto dá prisão de ventre…” avisou-me a jovem que mostrava no balcão algumas amostras de produtos algarvios serranos. Não me importei e gostei. Como também gostei de saber que se faz um tipo de farinha muito fina de alfarroba, uma raridade, para pôr no leite como se fora cacau. Hoje em dia, com base na alfarroba, fazem-se tartes, doces, gelados... e outras gostosuras de alfarroba.
Com surpresa cruzavam-se jipes de turistas (maioritariamente idosos) em visita a Alte e os seus arredores serranos. Chamam-lhes safaris, o que originou alguns momentos de humor em relação a eventuais feras a encontrar: "Será que vão à caça ao javali ou ao lince?", perguntava-se.No centro, masquei, uma alfarroba - “um fruto para burros e cavalos e eu ainda não tenho quatro patas", dizia-me o Rui Dias José, o organizador deste “Passeio” no seu tom brincalhão - mas que tanto me deu prazer, talvez porque sou filha de agricultor e não me sai este carimbo de infância: quando o meu pai comprava ração de alfarroba para os animais. ”Olhe que isto dá prisão de ventre…” avisou-me a jovem que mostrava no balcão algumas amostras de produtos algarvios serranos. Não me importei e gostei. Como também gostei de saber que se faz um tipo de farinha muito fina de alfarroba, uma raridade, para pôr no leite como se fora cacau. Hoje em dia, com base na alfarroba, fazem-se tartes, doces, gelados... e outras gostosuras de alfarroba.
Mas também encontrámos muitos estrangeiros fazendo percursos pedestres pelos caminhos serranos. E há dezenas de percursos devidamente organizados e acompanhados.
Fotos: Antunes Amor (direitos reservados) |
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