É este o título da reportagem do Domingos de Azevedo que conta o Passeio de Jornalistas a Miranda do Douro com almoço de viagem no Fundão. Vem publicada na Revista VIAJAR e vale a pena ler.
Para abrir o apetite:
Para abrir o apetite:
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É neste tipo de viagens-de-estudo ou viagens-revelação que Portugal se apresenta sem máscara, sem óculos escuros, e apaixona todos, menos aqueles para quem essas experiências não são inéditas, sim o dia a dia. Mas para os restantes fica-se (quase)
mudo com aquilo que se observa e ouve.
É neste tipo de viagens-de-estudo ou viagens-revelação que Portugal se apresenta sem máscara, sem óculos escuros, e apaixona todos, menos aqueles para quem essas experiências não são inéditas, sim o dia a dia. Mas para os restantes fica-se (quase)
mudo com aquilo que se observa e ouve.
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O paradoxo de tudo isto é o Rui convidar jornalistas portugueses a conhecer... Portugal.
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Os nossos encontros (entre mim e Portugal) são raros (viajo mais, a convite, para o exterior), por vezes difíceis.
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Só em ocasiões como esta nos abraçamos, comovidos, procurando saber um do outro. Ele então crava-me pelas unhas, pela surpresa, por sua vez eu cravo os meus dentes na sua boa gastronomia.
Só em ocasiões como esta nos abraçamos, comovidos, procurando saber um do outro. Ele então crava-me pelas unhas, pela surpresa, por sua vez eu cravo os meus dentes na sua boa gastronomia.
Uma reportagem que nos leva a comer cerejas no Fundão e posta em Miranda, com danças de pauliteiros e muitos percursos de aventura e deslumbramento. Que até podem ser pelo trabalho do Centro de Música tradicional "Sons da Terra":
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Recolher as recolhas e recolher o que ainda não foi recolhido.
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Arquivo e memória, por um lado, mas foco dinamizador e irradiador por outro.
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Ou apenas, contemplação de Miranda:
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A voz das pedras surpreende em Miranda do Douro.
Deixe-se portanto surprender.
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Miranda do Douro não está no fim do mundo. Está antes, no começo do mundo. Chega-se mais rapidamente a Madrid que ao Porto. E ainda vos digo que não há rolos fotográficos que cheguem para tudo registar de válido.
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A voz das pedras surpreende em Miranda do Douro.
Deixe-se portanto surprender.
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Miranda do Douro não está no fim do mundo. Está antes, no começo do mundo. Chega-se mais rapidamente a Madrid que ao Porto. E ainda vos digo que não há rolos fotográficos que cheguem para tudo registar de válido.
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2 comentários:
Pelo que aqui está, vale a pena ir com tempo ler o artigo todo. Mais logo irei, porque me encanta o Portugal que se percorre sem máscara nem óculos escuros.
Parabéns, caro Rui por mais esta oportunidade de me encantar.
Abraços
Já tinha lido, sobre este passeio, e é bom saber, que por momentos, talvez, as máscaras possam cair.
E, por falar de máscaras, recordou-me o Poema que te deixo...
"Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não."
(Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen in "Porque")
Um abraço ;)
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