23 maio, 2006

Sentei-me nos joelhos de Portugal

É este o título da reportagem do Domingos de Azevedo que conta o Passeio de Jornalistas a Miranda do Douro com almoço de viagem no Fundão. Vem publicada na Revista VIAJAR e vale a pena ler.
Para abrir o apetite:
(...)
É neste tipo de viagens-de-estudo ou viagens-revelação que Portugal se apresenta sem máscara, sem óculos escuros, e apaixona todos, menos aqueles para quem essas experiências não são inéditas, sim o dia a dia. Mas para os restantes fica-se (quase)
mudo com aquilo que se observa e ouve.
(...)
O paradoxo de tudo isto é o Rui convidar jornalistas portugueses a conhecer... Portugal.
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Os nossos encontros (entre mim e Portugal) são raros (viajo mais, a convite, para o exterior), por vezes difíceis.
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Só em ocasiões como esta nos abraçamos, comovidos, procurando saber um do outro. Ele então crava-me pelas unhas, pela surpresa, por sua vez eu cravo os meus dentes na sua boa gastronomia.
(...)

Uma reportagem que nos leva a comer cerejas no Fundão e posta em Miranda, com danças de pauliteiros e muitos percursos de aventura e deslumbramento. Que até podem ser pelo trabalho do Centro de Música tradicional "Sons da Terra":
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Recolher as recolhas e recolher o que ainda não foi recolhido.
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Arquivo e memória, por um lado, mas foco dinamizador e irradiador por outro.
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Ou apenas, contemplação de Miranda:
(...)
A voz das pedras surpreende em Miranda do Douro.
Deixe-se portanto surprender.
(...)
Miranda do Douro não está no fim do mundo. Está antes, no começo do mundo. Chega-se mais rapidamente a Madrid que ao Porto. E ainda vos digo que não há rolos fotográficos que cheguem para tudo registar de válido.
(...)
Para saborear com tempo vagar clique aqui.

2 comentários:

tb disse...

Pelo que aqui está, vale a pena ir com tempo ler o artigo todo. Mais logo irei, porque me encanta o Portugal que se percorre sem máscara nem óculos escuros.
Parabéns, caro Rui por mais esta oportunidade de me encantar.
Abraços

Menina Marota disse...

Já tinha lido, sobre este passeio, e é bom saber, que por momentos, talvez, as máscaras possam cair.
E, por falar de máscaras, recordou-me o Poema que te deixo...


"Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não."

(Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen in "Porque")

Um abraço ;)