![Café Portugal - PASSEIO DE JORNALISTAS em Alijó](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8sH07qL1P_GtjQx-OWqG2P1zjhV4zTJZpt-GRwiq8WCR2ZueGmSllOsxnfr6vARRqYnmHHXHInXaciDlV3LbC_RbdAx0ToN9tUhPFFeuvF1xMjZ0txCL_YWcoJKR8M3reyF2LCA/s200/R32.jpg)
E ali os proprietários juntaram à função vitivinícola uma unidade hoteleira em que apenas se experimenta a amesendação de um almoço – sem muito de relevante, mas com um cabrito bastante agradável. E a prova de vinhos da casa, com um Magalhães – homenagem onomástica ao proprietário – de se lhe tirar o chapéu e que vai quase todo para palatos estrangeiros. Isto dito e feito sobre uma paisagem sem adjectivos.
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E ainda no domínio da gastronomia duas outras experiências de boa memória: (mais) um cabrito no restaurante “Sabores do Douro, no Pinhão, e um bacalhau sem muito de relevante na feitura mas de aprazível resultado final, até pela boa qualidade da matéria-prima. E, neste almoço, um “vinho fino”, como por aqui se chama às colheitas particulares, sempre elogiadas muitas vezes com total mérito. Foi o caso, a lembrar.
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E, já agora, uma nota para uma carne maronesa passada pela grelha com umas migas de batatas e grelos, coisa simples, regada com bom azeite da região. E a simplicidade é tudo, a grandeza dos bons produtos, o bom gosto da execução na pousada do Barão de Forrester.
Ainda poderá dizer-se que o turista nada tem para fazer? E a caça, e a pesca, e os grandes passeios campestres e as vindimas e as pisas do vinho na época própria? Ora toca a dar largas à imaginação: se calhar há muito para atrair turistas. Ou os viajantes são todos iguais aos que insistem nos algarves por esse mundo?
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PS - | A dificuldade que foi, caramba, mobilizar uma bola de carne para regalar cá por Lisboa. À primeira manhã, logo em Alijó, um exemplar como que fazia as honras da casa. Mas não era para quaisquer dentes: 1ª, era feita de encomenda; 2ª, o recheio era bacon e fiambre, valha-nos tudo quanto a tradição exige!; 3º, na manhã seguinte, dominga-se.
Outras tentativas quase desesperadas não lograram resultados. Ninguém conseguia pôr-nos no rasto de uma bolazita. Por fim, in extremis, paragem em Favaios, no coração do festival das aldeias vinhateiras, e lá estava uma padaria. Mas a bola não tinha prioridade: estava remetida para um lugar discreto, não visível. Mas com a ajuda do acaso a coisa compôs-se. Ah, e não era má de todo, mas melhor fora se o recheio fosse de sardinha. Mas não, tinha aves (com promessa de perdiz, viste-la?), chouriço e bacon/toucinho no sal.
A modorra dos tempos e dos locais mata a dinâmica, amolece a memória, dilui a ambição. Ou exactamente o contrário… |