O mal menor | Ir para o princípio |
O presidente da Câmara de Alijó bem nos dá conta dos limites assim fixados: há dinheiro, sim senhor, vai dando. A vila encolhida em termos demográficos tenta dar conta das necessidades básicas, e de alguns “rebuçados”, a quem escolheu ficar – por enquanto. Fez-se auditório, com centro de Internet anexo, avança uma casa da juventude que, espera-se, consiga atrair olhos e interesses, avança-se no projecto das aldeias vinhateiras – para segurar características únicas, patrimoniais e culturais, como acontece em Favaios.
Assim, por um lado. Mas, como enfatiza o autarca, veja-se o caso da barragem do Tua – um dos projectos iniciais do sistema hidráulico do Douro – , ali à beira e com ocupação de terrenos concelhios. Entre o aceita e recusa dos seus pares, ele está pela negociação do que será feito. Ou seja, obstar a que um novo Alqueva se instale aqui: a electricidade é um benefício para o todo nacional, mas com as expropriações pagas as gente acabarão por ficar mais pobres.
Negoceia, pois. Que a EDP, no caso, dê garantias, como a de as aldeias em volta da futura barragem poderem dedicar-se à exploração de unidades de turismo de habitação, a cargo da população, dos seus proprietários, em vez de virem as grandes empresas do sector com os turismos de massas, as passagens apressadas, os dispositivos de lazer inacessíveis aos residentes. Agora sobra um “se”. E se não é a EDP a conseguir o contrato de construção e exploração da barragem? Bem, o autarca pretende, tão somente, que o governo de Lisboa imponha a defesa dos naturais durienses: basta o caderno de encargos fixar todas as condições necessárias à prossecução desses desideratos.
E que depois não apareça por lá nenhum PIN, digo eu. Porque o interesse nacional pode ser um guarda-chuva excessivo.
Fotos: Antunes Amor (direitos reservados) Clique sobre elas para ampliar | |
1 comentário:
Gostei de passear por aqui e desejo também um bom fim de semana.
Um abraço
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