O fim de semana não vai chegar para o descobrir.
Passeio de Jornalistas no Algarve | 19, 20 e 21 de Maio |
Nas mesas cá dentro ou na esplanada... cruzam-se paisagens, rostos, artes, sabores e projectos de viagem pelos mares da lusofonia. Entre convites e vontades, a disponibilidade para sair por aí em busca de um sorriso, de um passeio, de uma aventura...
Passeio de Jornalistas no Algarve | 19, 20 e 21 de Maio |
A despedida do Rochedo misterioso da varanda da Estalagem | IR PARA O PRINCÍPIO |
O Passeio terminou com um almoço de despedida na Estalagem Santa Catarina – as iguarias saborosas e originais, sobretudo o famoso butelo (butielho) acompanhado de vagens de feijões, mas o serviço um pouco atabalhoado. Se calhar o pessoal era pouco...
A paisagem é linda e dali se avista o célebre rochedo do Rio Douro, cheio de líquenes amarelos, sinais de ausência de poluição. Dele falou o escritor José Saramago.
O Douro Internacional – | IR PARA O PRINCÍPIO |
Foi agradável e de rara beleza o passeio de barco pelo Rio Douro – um acordo transfronteiriço faz com que seja uma empresa espanhola a explorar este circuito. Certamente que gostaria que houvesse maior intervenção portuguesa – as únicas coisas nossas referidas pelo guia espanhol que falava castelhano, português e mirandês, foram o bacalhau, a posta mirandesa, as compras em Miranda do Douro…mas as águias reais, os griffos, as lontras… parece terem-se fixado para lá da fronteira das águas portuguesas...
Enfim estamos neste pedaço da Europa que no final nos brindou com o espectáculo de um voo, treinado por um antigo militar, de um bufo real... uma ave carnívora que só vive de noite... não será uma aberração ecológica?
Sabia como se faz um tonel para o vinho? | IR PARA O PRINCÍPIO |
Vozes de burro | IR PARA O PRINCÍPIO |
Mário Correia - | IR PARA O PRINCÍPIO |
Veio do Porto. Deixou a Economia, fixou-se em Miranda e fez obra. E um dos responsáveis pelo Festival Intercéltico de Sendim que já vai sétima edição.
No Centro de Música Tradicional Sons da Terra - uma vasta espólio de recolha musical e etnográfica – tudo organizado e catalogado.
Todos lá podem “beber” e “enriquecer-se” com o mesmo respeito e amor pela música, honrando o seu autor.
As aldeias desertas - | IR PARA O PRINCÍPIO |
Dizem-me que ainda há pelo menos dois artesãos que as sabem fazer. Então, porque não um concurso destas pequenas peças de arte?
A intrigante Gabriela de Sendim e o seu restaurante onde a posta mirandesa é rainha e os licores finais dão um toque de amizade... | IR PARA O PRINCÍPIO |
Ernesto Vaz, arqueólogo, conhece os segredos da terra e vai publicar em breve o ”Guia de Castros e Berrões”(do lado português e espanhol). | IR PARA O PRINCÍPIO |
Foi incansável - deixou a sua actividade bancária para estudar arqueologia, uma apetência que lhe vinha de criança – na explicação, vivida, de todos os pormenores da cidade num belo passeio pelo Centro Histórico de Miranda do Douro e ainda ás aldeias de Picote, Fonte da Aldeia, Palaçoulo (até um arqueiro pré-histórico foi descobrir numa pedra, de uma forma que só os mais atentos vêem).
O seu zelo foi notável, fornecendo-nos antecipadamente e em cada momento, uma nota escrita alusiva ao pormenor que se propunha explicar.
Levou-nos ao Museu da Terra de Miranda – uma raridade, onde se podem ver artefactos e memórias de uma vivência de séculos, cuidadosamente organizado pelo Dr António Rodrigues Mourinho. |
Que não poupou a nossa ignorância em relação à “capa das honras”, um capote que integra a indumentária mirandeza etnográfica e que actualmente também o Presidente da Câmara usa para receber pessoas importantes. É um sinal de deferência para com o visitante. Com António Maria Mourinho visitámos a catedral e admirámos o seu retábulo, único no mundo. |
O Povo é quem mais ordena e aí fala Marcolino Fernandes – “Uma figura” | IR PARA O PRINCÍPIO |
De forma humorística, mesmo brejeira, vai-nos contando em mirandês histórias da região, que reflectem a natureza e vivência das gentes locais. Interessante, não precisa exagerar.
Professor primário, um homem de 65 anos que conhece bem as agruras do campo, foi um dos elementos que contribuiu para a recolha e compreensão do mirandês, oficializado – que hoje é ensinado nas escolas como língua opcional, sendo já objecto de mestrados.
Marcolino é uma contador de histórias, também um artesão de cestaria e um belo dançarino.
Marcolino Fernandes, | contando histórias aos |
Com ele ficamos a saber que “llonas” são histórias, que “cachico” é bocadinho, “lhéngua” é língua, etc.
Deixou-nos as boas vindas num poema em mirandês que tão bem soube enquadrar os diferentes órgãos de comunicação social.
Contra a ameaça de perder o mais importante pólo dinamizador de cultura e conhecimento que temos nas nossas Terras, a Petição está à sua espera aqui.
Um protesto assumido no Blog O Encanto da GaitaDura e de que já se fizeram eco diversos orgãos da comunicação social:
Várias vozes já se fizeram ouvir com um sentimento comum: O Polo não pode fechar... a síntese é do Agarra-me estes palos. Ou, como se escreve no anthropos (o blog do curso de Antropologia Aplicada ao Desenvolvimento da UTAD, Pólo de Miranda do Douro):
POR FAVOR!!! NÃO NOS DEIXEM PIOR DO QUE JÁ ESTAMOS!!!
Heilena - Galandum Galundaina |
Gaitas e gaiteiros, uma originalidade que merece ser “obrigatória” em todos os eventos e um ritual nos espaços de lazer. | IR PARA O PRINCÍPIO |
O jantar na “Balbina” foi acompanhado por um trio, comandado pelo Paulo Meirinhos dos Galandum Galundaina, gaista de foles, tambôr e caixa de guerra. Uma manifestação singular de música tradicional que nos refresca os sentidos já saturados de tantas músicas “pimbas” e sem conteúdo. Espantosa aquela sonoridade que se impunha também na discoteca local – uma particularidade agradável - e mais tarde numa actuação expectacular durante o nosso jantar no restaurante “Jordão”. Aí aconteceu mesmo o convívio entre o grupo dos jornalistas e um grupo de estudantes que celebrava um aniversário... e o ambiente chegou ao rubro, noite fora.
Defendo que os restaurantes e outros espaços de animação deviam gradualmente introduzir a música local, convidando os músicos locais, porque os turistas pretendem conhecer aquilo que é diferente e não aquilo que também já têm... e que (infelizmente) é a massificação.
Os pauliteiros, jovens e lindos – um esforço das comunidades locais e da própria câmara, está a fazer surgir novos grupos – estiveram connosco na Praça Central de Miranda e depois frente à Catedral. São de facto uma afirmação de diferença etnográfica de grande beleza.